IV Feira Medieval de S. Mamede de Infesta

Nos dias 4 a 6 de Junho, vai realizar-se a Feira Medieval de S. Mamede de Infesta.
Serão 3 dias de muita animação e de revivalismo histórico.
Vou estar presente com as minhas artes, visitem e passem a palavra!
Visitem também a página, onde poderam encontrar o programa e mais informações: http://www.feiramedieval-smamededeinfesta.com/

Cinzelarte visita Braga Romana

Vai realizar-se nos próximos dias 27 a 30 de Maio, a Braga Romana, com o objectivo de  reviver Bracara Augusta, a antiga civitate romana.
Será a primeira vez que participo neste evento, e pelo que me parece, haverá muito boa animação e artes e ofícios com muita qualidade, pelo menos pelas exigencias que são pedidas assim parece, e ainda bem, fico contente que os organizadores destes eventos apostem cada vez mais na qualidade, de modo a gratificar a Arte de quem cria fielmente, e a distinguir aquilo que é fabricado em série disfarçado de artesanato, pois assim o rigor histórico das representações também agradecem!...
Venham fazer uma visita e ver as novas peças que tenho estado a criar!

Art'ÀVista / ArtOnSight

Este domingo, estive presente no Art'àVista / ArtOnSight, que decorreu no Kapingbdi bar, nas Barras, perto de Tábua.
O Kapingbdi bar é um Ponto de Encontro onde coexistem diferentes nacionalidades, e onde ocorrem eventos culturais, exposições, concertos ao vivo, aulas de dança, yoga e tahi chi, entre outras coisas, sendo um espaço ideal para relaxar ao fim do dia, tomar um chá e conviver.
O Art'àVista / ArtOnSight pretende ser um local de mostra de arte, promovendo um espaço de encontro onde se pode usufruir de visualizaçao de obras de arte (sobretudo pintura) e onde se pode conversar com os artistas ou mesmo vê-los a trabalhar.
Foi um prazer participar nesta iniciativa, e o meu trabalho teve grande aceitação por parte do público, que ficou surpreendido com esta arte ancestral que já quase ninguém pratíca, e eu fiquei com vontade de fazer mais e melhor!!!

Duas linhas distintas de trabalho

   Para quem desconhece o meu trabalho, tenho duas linhas de trabalho, uma, especificamente a Joalharia de autor, e outra, que está relacionada com a minha participação em Feiras Medievais.

   Gosto muito de participar neste tipo de eventos, pois ao contrário das exposições, aí tenho oportunidade de ver a reacção das pessoas ao meu trabalho. Além disso, apesar da minha inata falta de jeito para a comercialização das minhas criações, gosto muito de interagir e comunicar com as pessoas, e por vezes tenho a oportunidade de trabalhar ao vivo, o que para mim é extremamente gratificante.

   Actualmente o panorama do artesanato está a ser demasiado contaminado pela produção industrial, e as pessoas nem sempre distinguem aquilo que é mecanizado daquilo que é realmente manual e único, por isso é tão importante trabalhar ao vivo e levar às pessoas uma arte ancestral e em extinção, que é a cinzelagem.

   Estas peças normalmente são realizadas em latão e em cobre, e têm uma profunda influencia celta.

   A Natureza constitui  a minha principal inspiração, e isso é marcante em ambas as linhas de trabalho.

  Na Joalharia de autor, priveligio a utilização da prata, utilizando pedras semi-preciosas, tecidos, madeira, vidro, feltro, entre outros, para complementar o trabalho.

  Inicialmente estava relutante em colocar coisas tão diferentes no mesmo blog, mas a verdade é que a multiplicidade e a variedade fazem parte da minha personalidade!

Cinzeis, as minhas ferramentas favoritas

    As ferramentas fundamentais para elaborar a maioria  dos trabalhos que aqui apresento,  são os cinzeis.

   Os cinzeis não se compram em lojas, cada cinzelador cria a sua própria ferramenta, à medida das exigências do desenho a realizar, e é isso que torna a arte da Cinzelagem tão especial e única.

   Os cinzeis são barras de aço, trabalhado à lima, lixa e a martelo, ou até mesmo utilizando outros cinzeis, e depois necessitam de um tratamento com fogo (temperar e revenir), o que lhes confere a dureza ideal para o trabalho a que se destinam.

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Cada um destes cinzeis e respectivas caixinhas foram feitos por mim.

Deixo um agradecimento ao meu Mestre Sequeira, que partilhou comigo tanto do que sabe!

A estes cinzeis, dou o nome de punções, uma vez que não servem para desenhar, mas sim para marcar um símbolo sobre o metal, utilizando uma única martelada. Assemelham-se aos punções utilizados para gravar couro, nas antigas encadernações e até mesmo na ornamentação de cadeiras e mobiliário revestido com pele. Deram imenso trabalho a fazer, mas valeu a pena!

Folhas de carvalho

   Os ganchos/alfinetes de folhas de carvalho são uma das peças que mais gosto de fazer.

   Ao contrário de outras peças, este motivo repete-se, no entanto, não uso moldes e normalmente desenho cada folha individualmente, o que faz de cada um uma peça única.

   Usualmente faço em latão ou cobre, mas também posso fazer em prata 925, por encomenda.

Recozimento do metal na fogueira 

    Habitualmente utilizo o maçarico para recozer o metal, mas esta foi uma das experiências que fiz na lareira.

   E pensar que, antes de inventarem máquinas que produzem objectos em massa, e que mecanizam o trabalho ao máximo, se trabalhava com ferramentas básicas e o fogo era sempre o principal aliado. Antes de haver maçaricos e fornos, era assim que se fazia.

   Tenho um fascínio e um enorme respeito pelo trabalho dos nossos antepassados, por isso continuo a utilizar técnicas ancestrais pois acredito que também conseguimos passar energias através daquilo que criamos com as nossas mãos!

Ganchos/alfinetes pequenos 20 euros

Gancho grande, folha em cobre e "pau" em tombak 30 euros

Coração Portuguez

Coração Portuguez, peça executada em prata 925, com contas de coral e fio de malha, com crochet em fio de algodão